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CONFISSÃO DE AMOR
CONFISSÃO DE AMOR

De volta ao torrão onde fui nascido por uma mulher fui surpreendido

Com declaração que abalou meu peito

Com outras amigas na mesa de um bar emocionada me ouvindo cantar,

Bebeu uma dose pra se controlar E me confessou que tinha direito

 

 

A tempo já venho com essa paixão no reservatório do meu coração

Você sempre teve lugar permanente; aos catorze anos eu já lhe amava

Na sua presença me insinuava, você tinha outra e não acreditava nas ilusões bobas de uma adolescente;

 

Hoje que lhe tenho sobre o meu alcance estou implorando uma chance

De ter tudo aquilo que eu sempre quis

Você tem a força por deus não me prive

De viver os sonhos que uma mulher vive,

Eu já tive alguém Mais o que não tive foi o privilégio de viver feliz;

 

 

Sempre com mulheres joguei retrancado  mas ouvindo aquilo fiquei  abismado

Abri a retranca e seu time atacou. Eu que fui exemplo dos bons atacantes

Marcando as paqueras, driblando as amantes, mais contrariando as outras de antes

A minha estrutura você abalou;

 

Olhando seu jeito tão meigo e sincero dizendo eu te amo, te adoro, te quero

De olhos chorosos vidrados em mim, eu fiquei surpreso porque não sabia

Tentando fugir mais não conseguia e por ser uma coisa que eu também queria

A melhor saída foi dizer que sim;

 

Sua confissão me fez ficar tenso, minha alma indefesa, meu corpo suspenso,

Nervos abalados  de tanta emoção

Eu que entrei ganhando no jogo da vida

Depois minha equipe se deu por vencida

Ela entrou perdendo e virou a partida

E conquistou a taça do meu coração

 

 

( Afonso Pequeno e Arnaldo Pessoa )