Quando eu me casei contava dezoito anos de idade
Me casei por brincadeira, ilusão e vaidade
Muito mais por interesse do que pela amizade
O juiz do casamento assinou o documento da minha infelicidade
A moça tinha de tudo não precisei comprar nada
Ganhei um carro zerinho, a casa mobiliada
Carinho, boas conversas, comida e roupa passada
Mas eu não agradecia, meu coração só pedia pra deixá-la abandonada
Vi um dia minha esposa com outra mulher na aldeia
A coitada estava forte parecendo à lua cheia
Achei a outra mais linda e a minha mais feia
Desse tipo de pessoas que só visam às coisas boas quando estão na mão alheia
Falei pra sua colega, olá que gatinha bela
Ela disse sua esposa, não comete uma novela
Falei ela arranja outra que seja do jeito dela
Deixei a mulher primeira, ganhei sua companheira e fui morar junto com ela
Viver com ela eu não pude devido ela ser valente
Ciumenta e preguiçosa, vaidosa e prepotente
Deixei ela e procurei a primeira novamente
Voltei pra casa humilhado, mas a mulher do passado estava muito diferente
Dei roupa e calçado a ela, jóia e perfume regênce
Ela agradeceu dizendo isso aí não me convence
Só não vou mandá-lo embora por que o lar lhe pertence
Aceito você comigo, mais só pra ser meu amigo
Em outra coisa nem pense
Só agora estou pagando a covardia que fiz
Retornei a minha casa aminha esposa não me quis
Volto a procura que a mesma coisa diz
Já que fiquei sem as duas, vou me debandar nas ruas pra morrer sendo infeliz
( Afonso pequeno )