ME CASEI POR VAIDADE
ME CASEI POR VAIDADE

 

Quando eu me casei contava dezoito anos de idade

Me casei por brincadeira, ilusão e vaidade

Muito mais por interesse do que pela amizade

O juiz do casamento assinou o documento da minha infelicidade

 

A moça tinha de tudo não precisei comprar nada

Ganhei um carro zerinho, a casa mobiliada

Carinho, boas conversas, comida e roupa passada

Mas eu não agradecia, meu coração só pedia pra deixá-la abandonada

 

 

Vi um dia minha esposa com outra mulher na aldeia

A coitada estava forte parecendo à lua cheia

Achei a outra mais linda e a minha mais feia

Desse tipo de pessoas que só visam às coisas boas quando estão na mão alheia

 

Falei pra sua colega, olá que gatinha bela

Ela disse sua esposa, não comete uma novela

Falei ela arranja outra que seja do jeito dela

Deixei a mulher primeira, ganhei sua companheira e fui morar junto com ela

 

Viver com ela eu não pude devido ela ser valente

Ciumenta e preguiçosa, vaidosa e prepotente

Deixei ela e procurei a primeira novamente

Voltei pra casa humilhado, mas a mulher do passado estava muito diferente

 

Dei roupa e calçado a ela, jóia e perfume regênce

Ela agradeceu dizendo isso aí não me convence

Só não vou mandá-lo embora por que o lar lhe pertence

Aceito você comigo, mais só pra ser meu amigo

Em outra coisa nem pense

 

Só agora estou pagando a covardia que fiz

Retornei a minha casa aminha esposa não me quis

Volto a procura que a mesma coisa diz

Já que fiquei sem as duas, vou me debandar nas ruas pra morrer sendo infeliz

 

 

 

 

 

                                                   ( Afonso pequeno )